sexta-feira, 24 de abril de 2009

A.C.M.L.R.

Idéia, Páscoa, internet, MSN, gritos, risadas. Mães, telefone, combinado, feriado, autorização, histeria. Conversa, ansiedade, conversa, ansiedade. Ansiedade, conversa, ansiedade, conversa. Recado, desespero, tristeza, cancelamento. Remarcação, animação, planos, histeria, loucura, risos.
Ansiedade, espera incessante, nervosismo.
10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1, sábado.
Bocejo, dentes, escova, pasta. Banho, escova, chapinha. Roupa. Bá, Bu, máquina fotográfica. Óculos, plumas, caras. Todos os filhos, abraços, caretas, peteca.
- TÁ NA HORA, NANIS! - Mãe.
Carro, Via Funchal, Motorhead, vontade. Ingressos, dinheiro, carteirinhas, Gabby, Nanis, pai, The Kooks. Carro. Aeroporto, livraria, revistaria, café.
Porta, tabela, vôo confirmado, histeria, animação.
Espera, irritação, ansiedade. Abraço, ataque, vontade de choro, casa, lanchonete, computador, fotos, cama.
Sair. Gabby, Carol, gritaria, vontade de choro novamente, fotos, conversa. Hambúrguer, fotos, vídeo, filme, tommy bananão, nxzero(?), Beatles, Nirvana, revistas, pôster.
Sair. 25 de março, livraria cultura, vontade de livros, vontade de DVDs. Los Hermanos, Audrey Hepburn, Nirvana, The Beatles, Kurt Cobain, Mika, David Bowie. Casa.
Jantar, fotos, DVDs, fotos, filme, fotos, conversa, fotos. Tiago, Mateus, Pedro, Ana Mel, risos.
Manhã, maquiagem, Fogo De Chão, aeroporto. Vontade de choro, abraços, gritos. Choro. Adeus.
Você.
Para Ana Clara
Foto: Mayara Facchini.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Por que dizer não ao amor?


Querido diário...

Ontem mesmo, conversei com um de meus amigos, Pedro, sobre amor. 'Ah, amor! Que assunto, hein?' você deve estar pensando. Acertei?Ha! Obviamente acertei!
Pois então, embarcamos em uma discussão acalorada sobre esta porcaria chamada amor. 'Porcaria' era minha definição principal, pelo menos até ontem!
Debatíamos como se nossas vidas dependessem total e exclusivamente daquela discussão. Merda, eu perdi, estou morta!
Devo admitir que Pedro é, de fato, um moleque pra lá de bom na persuasão. Convenceu-me tão rapidamente quanto se pisca! E olha que eu sou muito mais do que o que se chama por aí de 'cabeça-dura teimosa'.
Cruzes! E apesar de estar à ponto da desistência quando o fim da discussão estava próximo, xinguei o quanto pude o amor, como se fossem as últimas palavras que eu iria proferir.
No fim da discussão, assim que deu meu horário, Pedro falou algo, que me chamou completamente a atenção - apesar de tão simples questionamento ser - e que me fez um nó grande e embolado nos pensamentos!
Ele me disse com o típico ar tão superior dele que eu queria tanto ter 'Por que dizer não ao amor?'. Intrigante, intrigante! Contudo, respondi com uma prontidão dos infernos 'Porque é uma merda!'.
Cheguei em casa bem mais tarde depois da conversa, deitei-me em minha cama e fiquei constantemente pensando naquela indagação boboca que Pedro me fez.
E cheguei à uma estúpida conclusão: Não faço idéia do por quê dizer não!
Pedro bobão dando nós em minha mente, oh diabos!
E agora me responda rapidamente diário - se é que você sabe de algo útil - : Por que dizer não ao amor?

Para Pedro L. :)
Foto: Ana Gabrielle Contini.

sábado, 4 de abril de 2009

Lua de brigadeiro.

- E por quê? - Indagou a pequenina.
- Por que o quê?
- Por que existe?
- Porque sim. Move o mundo, minha pequena Molly.
- Move o mundo? Não, não. O mundo não sai do lugar!
- Não, nada disso. - Um pequeno riso - Digo 'move', como... hum.. É necessário, querida.
- Não. Só faz chorar, mãe, não me venha com essa.
- Mas, minha flor, se não existisse, o que seria de nós?
- Seríamos felizes! Muito felizes! Não precisamos disso para termos nossos castelos de pão doce, com torres de chiclete, e bandeiras de pirulitos! Ruas de pequeninas e grudentas balas, calçadas de sorvete que não derretem! Sem contar as estrelas feitas de açúcar, a lua de brigadeiro branco. E não pense que me esqueci do Sol de quindim e das tais nuvens de algodão doce! Agora, mãe, vê como o mundo seria melhor sem isso?
- Minha flor, sem isso não existiria nada.
- Por que discordas sempre de mim, mamãe? Vê como acarreta somente discussões essa coisa chata?
- Molly, meu amor, entenda, é muito bom, melhor do que você pensa.
- Não é. Odeio o amor.
 

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