segunda-feira, 22 de março de 2010

Cata-vento.

Cata vento. Cata sorrisos, cata emoções, cata pessoas, cata relações.
Vontade de alguém, de algo. De um abraço, de um amor. Aquela vontade de chorar que bate no peito logo de manhã por acordar e lembrar que ninguém vai esperar por você durante à tarde toda, para a noite só dizer "Eu te amo". Aquela vontade de uma declaração, de um pedido. Aquela vontade de alguém.
Querer sentir a felicidade entrando por todos os poros e a tristeza saindo furiosamente por entre sorrisos, descontente, como sempre, por ter de ir embora. Querer sorrir por nada e chorar por tudo. Querer sentir a barriga revirando mas não conseguir fechar o sorriso. Querer ser feliz pelo menos uma vez.


Cadê?
Cadê meu cata? Porque eu só sinto vento.

Tempo. Judiação.

Tão pouco tempo para tantas coisas. Histórias, livros, músicas, telefonemas, tristezas, confusões, pessoas.
Mudanças repentinas de humor. Bipolar. Em um espaço muito menor, muito mais estreito do que uma semana.
Pra quê? Por quê? E como? Não sei.
Quero a rotina de alegrias insignificantes de volta.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

What if...

E se eu te dissesse que sorrio boba só de ouvir um oi?
E se eu te dissesse que eu não aguento mais me segurar?
E se eu te dissesse que quero te encher de beijos?
E se eu te dissesse que sinto ciúmes de algo que nem é meu?
E se eu te dissesse que odeio quem nem conheço?
E se eu te dissesse que... Que te amo?

Nada mudaria.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Noise.

Esta manhã acordei sentindo falta de algo. Tateei pela cama, ainda de olhos fechados, e pela primeira vez, não encontrei sua mão. Encontrei um papel. O papel que eu tinha consciência sobre um futuro recebimento, mas saber que o dia chegara doía mais a cada segundo.
Tantas linhas, letras, palavras... Deveriam fazer sentido, não deveriam? Mas não... Não havia uma justificativa para tudo aquilo.
Eu! Eu que sempre fui tão presente, tão... Tão amorosa. Erros de minha parte foram muitos, e evidentes, é óbvio. Mas por que não aplicar a famosa frase "O amor supera qualquer barreira" agora?
Você sabia, você sabia muito bem que não era hora nem lugar para alguém novo, e eu também. Porém, me deixar levar por um sentimento forte no momento em que eu estava fragilizada era inevitável. E por que não atirar a mão em meu rosto, xingar-me e dizer o quão estúpida eu estava sendo? Perfeição sempre foi teu forte.
Foi bom por alguns meses - maravilhosos meses, diga-se de passagem - mas ao ver que você estava lá novamente, tudo parecia ter sumido da minha cabeça e o único pensamento em minha mente era teu nome. Lágrimas e sorrisos brigavam em meu rosto.
A maravilha acabou naquele momento e eu sabia que nada seria bom dali em diante. Tão, tão certa estava eu.
Dizem que o tempo cura feridas, mas não disseram que os meses, chorando e lamentando por todos os erros, seriam tantos.
Ainda não é o lugar nem a hora para alguém novo. Eu preciso de você mais do que nunca, eu te amo.

Para Felipe L.


terça-feira, 27 de outubro de 2009

Whirligig.

Wind brings words. Words bring emotions.
Emotions bring feelings. Feelings bring memories.
Memories bring thoughts. Thoughts bring names.
Names remember people... People remember... You.

Para: Felipe L. e Krist R.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

What?

O mais difícil de tudo é saber o que fazer. Saber o que é o certo a fazer.
Não seria milhares de vezes mais fácil saber a conseqüência da sua decisão antes de tomá-la realmente? Antes de colocá-la em prática? Seria. Mas quem foi que disse que a vida é fácil?
Hoje, durante a aula, eu permaneci, a maior parte do tempo, absorta em devaneios sem sentido... E cheguei em casa da mesma forma.
Atravessei a tarde pensando 'O que eu vou escrever no meu blog?' enquanto postava centenas de tweets. E ainda não sei muito bem sobre o que estou escrevendo. Realmente, eu sei sobre o que eu quero escrever.... Mas me toquei que tem alguém lendo isso e, pela primeira vez, me veio a vergonha.
Engraçado também como a gente se abre e desabafa quando pensa que não há ninguém lendo ou escutando...
Ainda não descobri o propósito, muito menos o rumo ou o motivo, desse texto todo. Foda-se.
Outra coisa muito engraçada é como a gente se preocupa com coisas com as quais não precisamos nos preocupar de verdade... Por exemplo eu, agora mesmo. Pra que me preocupar se o texto faz sentido se o blog é meu? Não sei.
Uma idéia puxada disso: É exatamente por isso que todos estão como estão hoje. Preocupados demais, estressados, irritadiços, chorões, magoados, tristes, preguiçosos, distantes...


Nada fez sentido.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Golden.

Acordei de meu cochilo e senti a cabeça extremamente leve, mas o corpo extremamente pesado. Ao mesmo tempo leve, a cabeça latejava de dor e meu corpo, bem... Meu corpo parecia não ter ossos. Não sentia direito minhas articulações e permaneci bons quinze minutos remexendo meu pulso e o observando, tentando entender algo. O que era eu não sabia, mas era algo.
Comecei a chorar. As lágrimas quentes escorriam pelo meu rosto e eu nem sequer estava triste ou tinha motivos, no momento, para estar. É claro que eu tenho milhares de motivos para chorar, mas naquele momento, daquela forma, eu estava me sentindo extremamente bem e confortável. Mesmo que ao mesmo tempo me sentisse incomodada. Bom, incomodada, de fato... Mas nada que sobrepusesse o meu conforto.
Levantei-me do conforto de minha cama, e por alguma razão de força maior, me sentei no chão. Parecerá um relato de uma louca, mas sorri. Sem motivo, apenas sorri. O chão era tão gelado e eu estava tão quente... Logo me arrepiei e sorri novamente por isso. Tateei pelo chão sem motivo, para sentir o gelado da madeira. Não sabia porque estava fazendo isso, mas...
De repente, parei com todos os movimentos pois me sentia extremamente cansada. Sentia, assim como Christiane, que estava perdendo todo o meu sangue, mas era só cansaço. Olhei para o lado e vi um bilhete. Peguei-o e ao ler as palavras comecei a chorar, chorar e chorar. Chorar como nunca havia chorado antes.
- Zi, acorda. São seis horas. - Levei um susto com minha mãe me acordando para que eu me trocasse e fosse para o Colégio.

"Diga à ela que não quero vê-la nem pintada de ouro. Nunca mais!" dizia o bilhete.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Asleep.

- Eu... Eu te amo! – Supliquei batendo os pés no chão.
- Do que adianta me amar se está com outro? - Ele me questionou e senti meu coração parar por um breve instante.
- Eu darei um jeito nisso tudo... Eu prometo mas, por favor, não me deixe! - Soltei um breve gemido de dor e logo segurei sua mão, gelada como orvalho.
- Por favor, me solte! Se você ainda está com ele, é porque o ama. Caso contrário, já teria terminado com ele logo no primeiro beijo. - Ele falou de uma maneira seca e fria, fazendo com que eu pudesse sentir raiva em seus olhos. Olhos que um dia haviam sido doces e fartos de brilho.
- Mas... Tente, por favor, entender. É dificil para mim, eu o amo. Realmente amo. Mas você é diferente de tudo que eu já conheci antes. Por favor, não parta. - disse isso o trazendo para perto forçadamente.Ele tentou se soltar.
Não sei porque, de repente, aquilo estava acontecendo comigo, com ele, com nós...
- Entenda isto então: eu vou partir com ou sem você. - James deixou uma lágrima escapar. Apenas uma e única lagrima desceu por seu rosto angelical... “Angelical” não seria a palavra mais apropriada mas, para mim nesse momento, ele tinha expressão de um anjo inocente e doce.
Abracei-o mais forte que consegui. Não queria que aquilo terminasse daquele jeito. Não era para ser assim! Nós éramos felizes juntos.
Supliquei em seu ouvido:
- Não vá!! Fique. Eu terminarei com Charlie ainda hoje, eu preciso de você para viver, James, por favor...
Encarei seus olhos azuis que instantaneamente voltaram a brilhar como no dia em que o vi pela primeira vez. Aproximei-me um pouco e pude sentir sua respiração falha. Coloquei então, uma mão em seu peito e pude sentir seu coração batendo acelerado. Levei sua mão até o meu peito e disse novamente:
- Quando estou com você meu coração se acalma, mas por alguma razão não posso deixar de ficar sem ter você. Por alguma razão, eu fico feliz quando você pronuncia meu nome. Por alguma razão James, eu te amo.
- Cath...eu te amo. - Ele falou com um sorriso falho no rosto, logo em seguida colocando suas mãos em volta do meu pescoço e fazendo com que eu me aproximasse dele mais um pouco. Coloquei minhas mãos em volta de sua cintura o trazendo para perto e em seguida espalmando minha mão em seu peito.
Nossos lábios roçavam sem pressa. Não queria beijá-lo ainda e gostava de sentir seus lábios novamente. Aquele foi um dos momentos mais felizes da minha vida, com certeza.
James começou a me beijar delicadamente, e com os passar dos segundos foi aprofundando o beijo. Coloquei uma mão embaixo de sua blusa, passando a ponta do dedo delicadamente nas suas costas, fazendo com que tivesse arrepios.
James parou o beijo olho em meus olhos e disse:
- Desculpe-me Cath,mas eu não posso mais aguentar isso.
James partiu.
Permaneci parada, estática o resto do dia. A tarde se seguiu e eu ainda estava parada na estação sentindo seus lábios nos meus, sentindo suas mãos na minha cintura.
Conforme a noite foi surgindo, percebi que era hora de ir para casa.
Não conseguiria cumprimentar Charlie, muito menos olhar em sua cara. E agradeci mentalmente por ele não estar em casa quando cheguei.
Apenas entrei, subi as escadas e entrei na banheira. Não me preocupei se estava de roupa ou não, queria ficar um tempo lá, um tempo sozinha pra no que eu fizera para que tudo chegasse a esse ponto.
Eu disse para James desde o inicio que não iria dar certo... Que....Oh meu Deus! Eu sempre soube que amava James, mas nunca pensei que fosse dessa maneira, nunca pensei que ele fosse fazer isso comigo.
Liguei o radio e lá estava tocando uma musica dos Smiths que eu particulamente acho linda: Asleep. O inevitável aconteceu: Afundei na banheira e comecei a chorar como uma criança que não conseguiu o que queria, comecei a tirar minha roupa e abracei meus joelhos, ainda sentada na banheira.
Passei a noite toda na banheira. Chorando e ouvindo “Asleep”.
Quando Charlie chegou, estranhou eu não estar na cama e foi procurar na casa.
Notei que ele era burro demais para entrar no banheiro e fui obrigada a levantar. Coloquei minha calcinha e fui atrás dele.
- Charlie, estou aqui. - disse tentando esconder o olho vermelho e a voz falha.
- Cath...queria te dizer que não posso mais aguentar ficar aqui com você.
Sorri falsamente, rindo ironicamente por dentro, e apenas concordei com a cabeça.
Abri a porta e disse:
-Você só me fez mal, mas era um mal que eu gostava.
Fechei a porta e voltei a chorar.

Texto por: Sofia Bheatrice.
Correção e contribuição: Natália Facchini.

domingo, 19 de julho de 2009

Everything.

É. Daqui para frente, tudo será de outra maneira. Diferente.
Embebedar-me-ei com cinco garrafas de tequila.
Farei dez diferentes tatuagens.
Correrei nua pela rua, gritando loucamente.
Subirei no palco, num show, e agarrarei o vocalista da banda.
Pularei de bungee jump, realizarei salto de pára-quedas e voarei de asa-delta.
Beijarei trinta e oito homens diferentes na mesma noite.
Sairei para uma festa na sexta-feira, só voltando na segunda-feira de manhã.
Pintarei meu cabelo de três cores diferentes.
Tocarei seis instrumentos diferentes e me tornarei uma rock star, fazendo uma turnê mundial.
Adotarei trinta e sete órfãos.
Irei me tornar a melhor amiga de Paris Hilton e Madonna.
Escreverei um best-seller e ganharei cem milhões de dólares.
Apresentarei um reality show, tornar-me-ei uma modelo internacional.
Virarei atriz.
Serei diretora de mais de vinte e cinco filmes.
Escreverei duzentas e trinta canções.
Experimentarei heroína, cocaína, maconha, ecstay e virarei uma viciada em cigarros, uma junkie.
Conhecerei todos os meus ídolos e morarei com Christiane F., em Berlim.
Virarei caminhoneira no sul dos Estados Unidos, depois, me tornarei presidente.
É, com certeza, será desta forma. Exatamente desta forma.


Assim que eu adormecer, assim que o sonho começar.

- Vai então...

- Promete que não vai esquecer de mim?
- Não.
- "Não", não vai esquecer, ou "não" não promete?
- Não prometo.
- Por quê?
- Porque você esqueceu de mim há muito tempo.

Muito,
muito tempo.
 

Made by Lena