sexta-feira, 29 de maio de 2009

Play.

Deitei-me em minha cama e apertei o ‘Play’ em meu iPod. As guitarras de Tom Fletcher e Danny Jones, acompanhadas do baixo de Dougie Poynter e a bateria de Harry Judd começaram a soar perfeitamente bem em meus ouvidos.
Um sonho extremamente bonito - que parecia um daqueles seriados adolescentes cujas garotas têm histórias de amor perfeitas – se iniciou nitidamente.
No princípio do sonho, estávamos eu e minha amiga. Dialogávamos animadamente sobre inúmeros e variados assuntos. Um alguém me cutucou. Eu me virei, era você – e que sorria encantadoramente para mim. Levantei-me eufórica e te abracei o mais forte que pude, não querendo, nunca mais, soltá-lo.
Um borrão negro. Mudança de cenário.
Nós dois, sentados na areia branca e macia de uma praia deserta debaixo de um céu nublado de fim de tarde. Eu recostada sobre seu peito, com os braços envoltos em sua cintura assim como os seus estavam em meus ombros, e suas mãos descendo sobre meus cabelos. Ambos ouvindo a doce melodia das ondas quebrando nos rochedos determinados perto ao mar.
Ora, outro borrão. Segundo e último episódio.
Os holofotes direcionados ao palco. Gritos histéricos de adolescentes acompanhando a banda. Todos pulando. Eu te abraçando e você retribuindo. Isso era pra ter ocorrido.
Acordei aos berros de minha avó.
O sonho parecia tão real e tão perfeito. Eu queria nunca ter acordado.
Foto: Mayara Facchini.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Coisinha.

Eu tenho medo, chego a sentir calafrios de tanto pavor...
Contudo... Do que eu sinto pavor? Bem.. Disso eu já não sei...
Esses dias meu estômago permaneceu no mesmo estado. A embrulhar mais a cada segundo de tanto nervoso. E o meu nervoso? Desse, sim. Desse eu sei qual o porquê.
É aquela coisinha – que ser dita no diminutivo, é mera brincadeira – que eu sinto todo dia de manhã por saber que você não vem. E agora que tenho a segurança de que terei você por um bom período, o nervoso se aloja em mim pela insegurança de... De não sei... Pela incerteza, ah! Nada de insegurança, incerteza. Sim, pela incerteza.
Como sei se hoje eu terei um pouco de ti? Parece dependência de você. E é. Eu sou a pessoa mais dependente de alguém que eu conheço. Preciso-te tanto, te almejo tanto, que chega a doer, chega a me... Qual a palavra? Chega a me enfermar pensar em ficar sem você.
Bem... Não que eu não fique sem, porém não nego: Faz-me um mal danado. Mas pra quê falar de minhas inutilidades enquanto posso repetir o que digo às minhas amigas em relação a você todas as manhãs?
Eu te amo.
Para Felipe L. :)
Foto: Ana Leonor.

Parecia cinema!

Algumas semanas, um espaço lindo e eu - isenta de amplos planos.De verdade? Meus únicos planos eram os que proporcionariam à mim e às minhas amigas o maior divertimento imaginável.
Danou-se.
Ao atravessar pela passagem de meu quarto, vi os grandes e magníficos olhos castanhos, o sorriso esplendoroso e os cabelos arremessados ao rosto daquele alguém que, certamente, me poria a sonhar acordada por aquelas boas semanas.
“Oi”. Oh, céus! Palavra mágica, mon dieu! Ah ta... Foi assim, precisamente, como se iniciou. E já estava começado mesmo... Por que não prosseguir? Pois mantive daquela maneira.
Tudo tão... Tão... Lindo! Parecia cinema...
Foram, absolutamente, umas das semanas mais excepcionais, mais bonitas de toda a minha vida. Estava perfeito. Abraços, conversas, risos, carinhos. Era ótimo.
Danou-se mais uma vez! Que dia era? Que dia? Hã? Hã?
Dia de ir embora, pequerruchos! Dia de ir embora.
E foi-se a melhor despedida. Para minha sorte (e com vergonha que digo isto!) tive o maravilhoso direito de um beijo.
Oh, um beijo!Do qual eu sonho sobre constantemente. Que falta faz...

Para Jô. :)
Foto por: Ana Paula Koike

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Excedeu-se.

Ontem, de manhãzinha, - poderia dizer "quase alvorecer", porém soaria mais como mera demasia - acordei com uma espantosa e arrepiante pretensão de atirar-me ao chão e permanecer ali, na madeira fria, regada a grosseiros e enfadonhos prantos.
Realizei as tarefas matutinas isenta de emoções, e permaneci de tal modo até o soar do sinal da primeira aula daquele período, quando já chegara em meu colégio.
Dessemelhante do princí
pio da manhã, na primeira aula, ao invés de o sentimento de quando acordei atenuar-se, eu me enfureci sem motivos aparentes, e me conservei pelo resto da manhã de cara fechada.
Assim que soou – estridente – o sinal que nos avisava que havia dado o horário da saída, animei-me um pouco, contudo, ao entrar no carro, deu-me o assombroso anseio de chorar novamente.
Quero dizer... Não era similar, era maior, extremamente maior! E não é que desabei a chorar?
Pois desabei, desabei e desabei maravilhosamente, eu diria!
Sem que meu tio - que dirigia o carro - ouvisse um ruído de choramingo sequer.
E o pior de tudo, eu não fazia idéia do motivo da tal imensa vontade de me entregar ao choro escandaloso que eu tanto queria realizar.
Cheguei em casa, limpei meu rosto sujo de rímel e delineador, almocei e fui rapidamente para o computador. A choradeira havia cessado. Abri, de imediato, uma página da internet que eu não visitava havia certo tempo, e em um clique, as lágrimas retornaram.
Ao escutar a voz que proferia cada um daqueles versos, e ouvir o violão de fundo, eu me lembrei.
Excedeu-se o período de quatro meses.
Foto: Giovanna Godoy.
 

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