sábado, 4 de abril de 2009

Lua de brigadeiro.

- E por quê? - Indagou a pequenina.
- Por que o quê?
- Por que existe?
- Porque sim. Move o mundo, minha pequena Molly.
- Move o mundo? Não, não. O mundo não sai do lugar!
- Não, nada disso. - Um pequeno riso - Digo 'move', como... hum.. É necessário, querida.
- Não. Só faz chorar, mãe, não me venha com essa.
- Mas, minha flor, se não existisse, o que seria de nós?
- Seríamos felizes! Muito felizes! Não precisamos disso para termos nossos castelos de pão doce, com torres de chiclete, e bandeiras de pirulitos! Ruas de pequeninas e grudentas balas, calçadas de sorvete que não derretem! Sem contar as estrelas feitas de açúcar, a lua de brigadeiro branco. E não pense que me esqueci do Sol de quindim e das tais nuvens de algodão doce! Agora, mãe, vê como o mundo seria melhor sem isso?
- Minha flor, sem isso não existiria nada.
- Por que discordas sempre de mim, mamãe? Vê como acarreta somente discussões essa coisa chata?
- Molly, meu amor, entenda, é muito bom, melhor do que você pensa.
- Não é. Odeio o amor.

5 comentários:

  1. não preciso nem falar né natja? ah meldels, você escreve muuuuuuuuito bem. jesuis, eu não conseigo. de dá o seu dom? HAUHAUHAUH tá ótima.

    carol/kessi

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. adorei, super poético..; mas porque dizer não ao amor?

    Pedro lima disse

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